por Samuel Celestino | Bahia Notícias
Com a entrada em cena do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a partir da deleção premiada de Delcídio do Amaral, não poderia mesmo haver espaço para que Lula, num dia de intensas tormentas, chegasse ao ministério de Dilma com as exigências que ele impôs à presidente, o que bem demonstram que ela ficará em segundo plano, passando a ele o comando da República.
Lula poderá vir a ser o responsável pela área política, é o que supõe que acontecerá nas próximas horas, se não houver uma reviravolta, porque o País está mesmo de cabeça para baixo. Na conversa de quatro horas com a presidente, no finalzinho da tarde de ontem, ele demonstrou claramente o que quer: mudanças no ministério, a partir do ministério de Relações Exteriores, que está mesmo fragilizado e pouco funciona. Neste aspecto, o ex-presidente colocou as cartas na mesa. Provavelmente, exigirá que o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, deixe a pasta.
Lula nunca se bicou com ele, que passou a ser o grilo falante de Dilma. É bem possível que teria sido ela quem o mandou conversar com o assessor de Delcídio, Eduardo Marzagão, a ele oferecendo ajuda para tentar tirar Delcídio da enrascada em que estava. O senador sabe muito do que ocorre à sombra do poder.
Ele é uma caixa de segredos. A presidente passaria a ficar, como ficou, com sérios problemas, como de fato chegou a público ontem com a delação premiada, que funcionou como mais uma bomba que atingiu em cheio o Palácio do Planalto. Não somente a ela, mas também em relação a Lula e outros nomes políticos, como o de Aécio Neves. O próprio Delcídio se jacta ao dizer que “espalha o caos”. É isso o que realmente faz. Se ele está perdido, tenta levar nomes importantes com ele. Realmente, é o caos.
Engenheiro de Controle e Automação, Empreendedor, Jornalista nas horas vagas e apaixonado por sua terra natal: Condeúba.
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