“Desde início de 2013, quando a presidente decidiu apoiar a candidatura de Renan Calheiros para o Senado e de Henrique Eduardo Alves para a Câmara, ela tinha tomado uma decisão por uma aliança no centro da governabilidade com esse PMDB e, a partir dali, só foi distanciamento”, afirmou. Para o presidenciável, os problemas na política econômica se aprofundaram no governo da presidente Dilma, que representava a perspectiva de correção de alguns rumos do governo do presidente Lula. “O rumo da própria aliança política”, comentou.
A partir de 2005, do chamado do Mensalão, o PMDB foi ganhando espaço no governo Lula, como ganhou no governo de Fernando Henrique, a partir da luta pela reeleição, pela emenda da reeleição, descreveu. “A gente imaginava que a presidente Dilma iria afastar essa velha política e abrir espaço para todo um conjunto que historicamente ajudou a construção desse projeto, não é que acontece exatamente o contrário. O País para, a gente vê um governo que prometeu o desenvolvimento e o País parou de crescer.
Nós vimos o governo prometer que a taxa de juros ia baixar, e vimos o juro real mais elevado, e vimos um governo que não conseguiu colocar o país num ciclo de avanço”, explicou. O candidato do PSB à Presidência disse que o rompimento com o governo Dilma ocorreu porque o campo político de onde ele e Marina vêm tem clareza de que o Brasil não vai melhor se não houver um novo pacto político. Segundo ele, o presidencialismo de coalização que foi uma verdade no segundo governo de Fernando Henrique, que deixou o Brasil com 12% de inflação, esse presidencialismo não vai responder a pauta que a sociedade brasileira coloca, que a carga tributária está elevada e os serviços públicos não estão funcionando.
“Se isso é verdade, aqui no meio está o Estado, dividido em pedaços, pelas forças mais atrasadas, que se apropriam de fatias do Estado e que não conseguem responder a essa pauta. Como resolver isso? Ou você tem a coragem de mudar a sustentação política ou não vai ter mudança.” Hoje, essa força que a sociedade tem, não se representa nos dois projetos, seja da Dilma, seja da oposição clássica que representa o PSDB, afirmou.
Fonte: Política Livre