Desde a virada do ano novo, ou seja, zero hora de 1º até as 12 horas do dia 6 de janeiro de 2015, é o período considerado em que as Companhias de Santo Reis estão em atividade de forma oficial. A tradição ainda está mantida em nossa região, desta feita com muita força as Companhias tem se alternado de forma voluntariada. 

Uma vez, que não há nenhum incentivo por parte do Poder Público Municipal, pelo contrário, o desinteresse é tanto que foi apresentado um Projeto de Lei na Câmara Municipal pelas vereadoras Nena e Cida de Lerim no sentido de inserir na grade escolar do Ensino Fundamental I e II do município, a matéria de Santo Reis, com intuito de preservar essa tradição milenar.

Num entanto, o Prefeito não teve interesse algum pelo Projeto apresentado, sua Acessória Jurídica criou um monte de obstáculos e acabou dando o Projeto pela ilegalidade, sendo que os vereadores da base do Prefeito, também votaram acompanhando o parecer jurídico e por ser a maioria, vetaram o Projeto Lei. 

Os Reiseiros chegam nas casas e encontram as portas fechadas, logo eles cantam o Reis de entrada, depois o Reis de agradecimento, onde houver um presépio armado, será cantado antes o Reis da Lapinha e por último, toca-se ou canta e marca a contra-dança. finalmente é oferecido pelo dono da casa aos reiseiros bebidas, café, chá acompanhado de biscoitos, bolos e requeijão.    

As três Companhias de Santo Reis que visitaram a Comunidade do Olho D’àgua e adjacência este ano apresentaram novos membros, a primeira que é da localidade e liderada por Antonio Pereira (Tony de Beca), que toca Zabumba e Rosa de Cirilo com a Gaita, alem de outros novos integrantes do grupo, como o garotinho Tiago de seis que já toca sua flautinha e acompanhando a folia de Santo Reis.

A Companhia da Comunidade do Baixão que tem como líder maior o Mestre Juvenal Pardinho e sua viola encantadora, arrancou contra-danças históricas que andavam escondidas no fundo do bau. A Companhia teve algumas alternâncias interessantes, como Antônio Pardinho que tocava sanfona, desta feita ele foi com violão, cedendo assim o espaço para o capacitadíssimo sanfoneiro Antoninho de Militão, além dos outros lideres e os irmãos conhecidos como “Zé, Dãozinho e Antonio de Moisés”.

Já a Companhia do Riacho Seco desta feita bateu bem mais forte do que os anos anteriores, de forma harmoniosa e transmitindo muita alegria aos que puderam assistir algumas das seis noites que cantaram, sendo que o festeiro este ano foi o Sr. Salvador Caldeira, que cumpriu sua promessa. 

Os riacho sequenses vieram recheados de lideranças este ano, com os mestres: Jovininho Coutinho, Manoel Pardinho, Sivaldo e seu violão, Aparecido de Gerosino, o versátil Agnaldo, “Zezão de Nita”, Zilmo, Cícero, “Zé Brito”, Osvaldo Silveira, o sanfoneiro “Maninho”, entre tantos outros que desfilaram as seis noites pelas residências da zona rural neste ano.