MORTE DE PRESO
A OAB cobra do governo da Bahia a investigação da morte de um detento em 12 de fevereiro, em uma cela onde estava com mais seis presos. A direção do presídio havia divulgado que o detento havia morrido ao cair do beliche e bater com a cabeça no chão.
Em nota, a OAB afirma que "foram constatados no IML (Instituto Médico Legal) diversos hematomas e cortes no rosto da vítima (comprovados por fotografias)". A declaração de óbito, segundo o texto, "atesta que existiam lesões torácicas e abdominais, o que levanta ainda mais dúvidas sobre a causa do falecimento".
Após a queixa da OAB, a Justiça determinou à Polícia Civil a investigação sobre as causas da morte do detento. Há reclamações ainda com relação às visitas, como falta de abrigos para os familiares, que chegam na madrugada para garantir lugar na fila.
OUTRO LADO
A Polícia Militar da Bahia, em nota, disse que não há registro na Ouvidoria ou na Corregedoria de denúncia sobre a atuação de PMs no presídio e que disponibiliza um telefone gratuito e um site para receber queixas.
As ações da Cipe, diz a nota, "são pautadas na técnica e na legalidade sendo amplamente reconhecida na região pela excelência no combate ao crime organizado".
Para a corporação, o combate à criminalidade feito pela Cipe "pode ser uma das motivações dessas denúncias a priori infundadas, vide que não há registros concretos das práticas relatadas". Diz ainda que a PM "não irá tolerar a tentativa de criminosos macularem a imagem da tropa".
Procurada, a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) não se manifestou. O presídio tem capacidade para 513 internos e, segundo a OAB, não está superlotada.