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Sábado, 18 Maio 2024
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Condeúba e Piripá: Chuvas chegam mas prefeituras não distribuem cisternas de programa federal

Publicado por     |   05 Jan 2016
  |  

Condeúba, Piripá e outras cidades da região receberam através de um programa do governo federal, cisternas de polietileno para distribuir aos moradores da zona rural que sofrem com a falta de água. Apesar das cidades de Condeúba e Piripá terem sido beneficiadas, os moradores acabaram sendo prejudicados pela demora na distribuição dessas cisternas. Sem explicação, tanto em Piripá como em Condeúba é possível ver o material estocado em um terreno apenas aguardando a entrega.

Caculé por exemplo, já fez a distribuição da remessa que recebeu e quase todas estão instaladas e prontas para começar armazenar águas das chuvas previstas para essa semana.

Alguns moradores chegaram a perguntas nas redes sociais se essa demora seria para distribuir somente no ano de 2016, por se tratar de um ano eleitoral.

As consequências de estiagens prolongadas sempre se estendem na Bahia e em todo o sertão devido a um fenômeno chamado Indústria da Seca.

A Indústria da Seca

No Nordeste, de acordo com registros históricos, o fenômeno aparece com intervalos próximos a dez anos, podendo se prolongar por períodos de três, quatro e, excepcionalmente, até cinco anos. As secas são conhecidas, no Brasil, desde o século XVI.

Simultaneamente, existe a tão falada mas nunca erradicada “indústria da seca”. Trata-se de um conjunto de expedientes ou procedimentos de grupos que estão no poder e que se valem do fenômeno e sobretudo do mito da seca para colherem benefícios governamentais em proveito próprio.

A ajuda governamental enviada para conter as consequências dessa estiagem prolongada acaba por beneficiar muito mais os membros de tais grupos do que a população efetivamente castigada pela seca. Ao controlarem a distribuição do dinheiro ou recursos recebidos, políticos – prefeitos, vereadores, deputados etc. – manipulam a ajuda a ser concedida, dirigindo-a para pessoas e lugares de onde possam obter vantagens ou favores: afilhados ou parentes, redutos eleitorais, etc. Ao mesmo tempo, sob o argumento de que ficaram arruinados com a seca, valem-se disso para justificar o resultado ruim do seus mandatos.

Nessas condições, não é de estranhar que o problema das secas não se resolva. Sua efetiva solução deitaria por terra os interesses mesquinhos de grupos poderosos, que conseguem vantagens com a pobreza e o sofrimento de milhares de nordestinos.

A tragédia da seca encobre interesses escusos daqueles que têm influência política ou são economicamente poderosos, que procuram eternizar o problema e impedir que ações eficazes sejam adotadas.

Não é possível se eliminar um fenômeno natural. As secas vão continuar existindo. Mas é possível conviver com o problema. O Nordeste é viável. Seus maiores problemas são provenientes mais da ação ou omissão dos homens e da concepção da sociedade que foi implantada, do que propriamente das secas de que é vítima.

Soluções implicam a adoção de uma política oficial para a região, que respeite a realidade em que vive o nordestino, dando-lhes condições de acesso à terra e ao trabalho. Não pode ser esquecida a questão do gerenciamento das diretrizes adotadas, diante da diversidade de órgãos que lidam com o assunto. Medidas estruturadoras e concretas são necessárias para que os dramas das secas não continuem a ser vivenciados.

Com informações do artigo "Nordeste a indústria da seca"

Micael B Silveira

Engenheiro de Controle e Automação, Empreendedor, Jornalista nas horas vagas e apaixonado por sua terra natal: Condeúba.

1 Comentário

  • marilia de jesus
    Link do comentário marilia de jesus Terça, 05 Janeiro 2016 20:06

    Acredito que seria bom checar com a empresa responsável, ao invés de disseminar tão politicamente quanto os seus achômetros"

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