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Mar de Condeúba

Publicado por     |   07 Jan 2014
  |  

Nunca tinha visto a 3ª escadinha da banca da nossa barragem, pois a vi no dia 15 de dezembro deste ano que se finda. Outras pessoas viram coisas piores, quando houve a caminhada em volta da nossa represa, organizada pelo padre Giuliano, e que deixou muita gente apreensiva. Com certeza, todos nós começamos a pedir a Deus para derramar sobre nós a sua misericórdia.

Pelas conversas nas ruas, esquinas e bares da cidade, o que se ouvia era: “o consumo de água aumentou em muito, porque a cidade cresceu, água está sendo levada para Cordeiros, carros-pipa não param de levar água a quem dela precisa, dia e noite, noite e dia a todos os lugares; e as chuvas diminuiram em nossa região”.

Um ponto em comum se falava, a tubulação para Piripá é inconveniente, porque não resolve o problema de abastecimento de nossos vizinhos, mas a construção da Barragem dos Morrinhos, sim. Muitas pessoas ficaram contra essa medida do governo, eu também. Isto porque viviamos um aspecto desolador, triste, melancólico; porém a fé, a esperança e a confiança mantiveram –se de pé, rezávamos.

Em visita a compadre João, na Fazenda Cajueiro, disse-lhe:

- Compadre, para encher nosso açude, precisa subir,no mínimo, quatro metros de água. Ao que ele retrucou:

- Compadre, até agora a água que entrou foi somente as águas de chuva.

Mas, o sertanejo é antes de tudo um forte, no dizer de Euclides da Cunha. O dito popular é verdadeiro: Chuva e dinheiro a qualquer hora que chega é bom”. E, realmente chegou a chuva, choveu bastante e continua chovendo desde o dia 15 deste. Nossa barragem ficou abastecida e, finalmente, sangrou no dia 22 do corrente mês e ano.

Que alegria! Que presente maravilhoso de Natal! Agora não é mais a simples barragem. O que vemos é O Mar de Condeúba. Agora sim, podemos cantar: “tomar uma banho lá na Barragem de Condeúba, nadar ao lado da piaba, pescá-la, torrá-la na banha de porco e comê-la com farinhha, fazendo crat, crat no dente da gente!” (Artúlio Reis).

O Reverendo Padre Giuliano deve organizar outra caminhada até o sangradouro do nosso Açude Champrão para agradecer. Estamos cercados de água, graças a Deus, sem estarmos ilhados. Águas correntes do Rio Gavião descendo majestosamente caudaloso, fazendo barra com as águas que descem da barragem. Ainda bem que não acontece na Passagem Funda, mas sim na Fazenda de Toinho Terêncio, porque se fosse acima da Ponte Imaculada Conceição, Condeúba estaria quase toda imundada. Veja como Deus é sábio e bondoso para conosco. E por isso não me canso de dizer:

Eu te agradeço, Senhor, pelo teu imenso amor!

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